quarta-feira, 30 de junho de 2010


Lembro-me daquela tarde em que descobri uma borboleta. Tentei persegui-la, falar-lhe. Esperei bastante tempo, mas estava demorada e eu tinha pressa. Irritado, vim-me embora. Impaciente para a rever, o milagre começou a acontecer diante de mim, a um ritmo mais rápido que o natural. O casulo no meu coração abriu-se, a borboleta saiu nunca hei de esquecer o horror que senti então: suas asas ainda não estavam abertas e com todo o seu corpo que tremia e ela esforçava-se para as abrir. Tentei ajudá-la, mas foi em vão. Ela desapareceu. O desenrolar das asas devia ser feito lentamente; e agora era tarde demais. Ela se agitou desesperada e alguns segundos depois, morreu na palma da minha mão. Pois, hoje, entendo bem isto: Temos que não ter pressa, não ficar impacientes, seguir com confiança e ritmo eterno. Para a próxima, não me venho embora sem te falar!

Sem comentários:

Enviar um comentário